Pesado fardo este que se alojou por cima dos meus ombros
Pesado,
Tudo pende para baixo
Quase tudo.
O prazer de ler
Foi-se,
Como a água que escorrega inevitavelmente até ao mar.
Agonia,
Nada já fica,
Nem tu por quem clamo todos os dias,
No final do dia de trabalho,
Soporífero
Do tempo ausente.
Desligo o quadro,
Retiro o fusível,
Impossibilidade de descargas eléctricas,
Nem um tendão treme,
Muito menos as linhas escuras,
Rasgam este eterno branco.
segunda-feira, setembro 15, 2003
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