Um pequeno aparte sobre o artigo do MST, editado na passada sexta-feira no publico. Li numa mailing-list, que o ultimo comentário dele, do MST, tinha sido demais, que tinha sido despropositado a referência à URSS. Isto fez-me lembrar um pouco a questão levantada no blogs abrupto e mar salgado sobre a diferenciação jornalistica entre críticas sobre artigos de direita e esquerda, a que Pacheco Pereira chama duplicidade de critérios no seu tratamento.
Talvez esta dificuldade de criticar certas praticas, consideradas de esquerda, estão demasiado enraizadas na cultura portuguesa para puderem serem aceites com a sua devida naturalidade. Não aceito totalmente a posição do Pacheco Pereira, não que ele não seja uma figura pública com alto grau de preparação teórica e talvez o melhor crítico com filiação partidária - isto é, entre eles é o mais imparcial -, mas mesmo assim as suas posições são sempre parciais e por isso a sua crítica caí, na minha humilde opinião, em saco routo.
Mesmo assim, acho eu, é um tema a reflectir. Será que a nossa comunicação social tem duas maneiras de fazer critica politica? será mesmo verdade o que o Pacheco Pereira diz? até que ponto é isso verdade? existirá mesmo essa duplicidade de tratamento?
até certo ponto acho que sim, e a reacção da pessoa que achou despropositado o paralelismo ao que o Alvaro Cunhal dizia da URSS e agora o que o Pacheco Pereira diz da america, fez-me reflectir um pouco mais sobre esta ideia.....