quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Ciclo de Nietzche

Ruiu,
Orgulho,
Impresso na pedra.

Eterno,
O quanto eterno o etéreo pode ser eterno,
Luminoso tal como um letreiro,
Chama as pessoas ao seu covil.

O enunciado está feito,
Acto,
Pode não existir,
Ser uma ficção pessoal,
Mas fica na história,
Se for eu a faze-la.

Ilusão é sempre realidade,
Até para aqueles que realmente a procuram.

Orgulho num,
Vergonha para outro,
Indiferença ainda,
Ilusão de ser alguma coisa,
Pertencer,
Significado.
Cada qual o construí à sua imagem,
Tal como Deus o fez,
Eterno ciclo do retorno,
Repetição.
Mas,
Alguém me disse ao ouvido:
“No acto de repetir,
Reside a diferença,
Logo, não se repete,
Por mais que se repita,
Ou imite,
Nunca é o mesmo,
É sempre diferente.”

Condenados a repetir,
Sem o conseguir,
Imitar o orgulho de antepassados,
- não repeti-los –
Sem o possuirmos,
Inconscientes dessa diferença.

Viver no presente repetido,
Nunca imitado,
Ou nunca repetido,Mas sempre imitado.

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