Pressente-se que ele passa,
Não por existir,
Pois não tem respiração
Ou bater de coração.
É no pesar da carne
Dores logo pela manhã
Vontade de estar sempre a descansar,
Nem que seja por breves momentos,
Aquela parte do corpo
Que nunca mais deixa de estar irrequieta.
Cravado na pele,
Sulca progressivamente a pele,
Com a arte de um carpinteiro tosco.
Sente-se, logo nos primeiros segundos antes mesmo de acordar,
Necessidade de café fresquinho,
Pouca horas depois de ter encerrado os olhos,
Cada vez mais curtas são as noites,
As conversas, bocas alheias, ouvidos atentos,
Julgamos outra vez os outros, antes de termos tido a oportunidade de falhar,
E não haver retorno...
Afinal há coisas que não se podem mudar,
Nós ... os outros,
O insuportável afinal é suportável,
Tal como a falta de ar,
Depois de uma corrida e nos chamarem velhos...
Sem comentários:
Enviar um comentário