sexta-feira, janeiro 30, 2004

Ponteiro...

O relógio não pára,
Mesmo partido,
O ponteiro prossegue
Sempre.

Esperando que continue,
Enganamo-nos ao pensar que não,
No mesmo sítio,
Por vontade própria, ilusão
O tempo,
Estagna na mente.

Um livro na mão,
Fingir enganar o tempo,
Olhos que pisam riscos,
Como carros atravessam metas,
Sem realmente saberem quando o fazem.

O tempo não se engana,
A ruga aparece,
Olha para trás,
Não se recorda.
Aquilo na verdade nunca aconteceu,
Não há memória,
Num relógio do tempo
Quebrado.

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