Gosto de ouvir as pessoas com ideias seguras,
Seguras da sua certeza,
Absoluta.
Escuto-as e levo-as para casa,
Onde cogito com elas,
E as minhas incertezas.
No final largo uma gargalhada,
Do parvo,
Da figura de parvo
- Que eu faria –
Na posição deles,
A declamar as suas certezas,
Tal como o fez aquele homenzito,
Sentado no seu (absoluto) pedestal.
Outros escuto,
Mentalmente certos da sua superioridade,
Com direito a,
Tratar por tu a realidade.
Nestes dias questiono:
De que serve as minhas ideias,
Seguras da sua incerteza,
Ao pé das deles,
Seguras da sua superioridade,
Ambas
Tiros na água, onde
Os barcos invisíveis da realidade navegam.
Será que ouvem
“B3 - tiro no porta-aviões da realidade”
quando acertam no alvo,
e eu na verdade,
nunca acertei (nem num reles submarino)?
Estou seguro que a realidade,
Aquela que sem dar conta,
Me foge dos pés,
Quando a tento apreender,
Desaparece, sob os pés
Que a iam esmagar.
Então esmago os joelhos,
- Contra o duro chão -
A cara esfola-se.
A realidade tornasse a dor
- que fugiu por debaixo dos meus pés -
e as escaras que transporto
desses confrontos.
quarta-feira, fevereiro 11, 2004
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