- Vou escrever uma história…
- Mais uma história de amor? Estás todo apaixonado, he he.
- Fica a saber que é sobre um cão que…
- Que está no cio?
- Não! Um cão que se perde dos seus donos e que na sua procura se esquece dos seus cheiros e aparência.
- Tipo um modelo de cão oposto ao normal?
- Qualquer coisa como isso. Mais uma inversão de papeis. No fim os seus donos encontram-no e ele – o cão – já com um novo dono ignorando-os por completo. Rosnando-lhes e até mordendo a mão que um dia lhe alimentou.
- Isso é triste.
- Triste é quando os humanos seus antigos donos, desgostosos, morrem de fome e solidão no sofá da sua antiga casa a olhar para uma fotografia quando eles eram um casal feliz juntamente com o cão.
- E o que acontece ao cão?
- Continua a sua vida alheio ao sofrimento dos outros, sem se recordar dos seus antigos donos.
- Mas existe alguma razão para isso? Eles maltratavam o pobre do cão?
- POBRE CÃO? Como te atreves a ter pena de um cão que renega os seus antigos donos que tanto o amaram?
- Mas os cães não são assim, as pessoas é que são sim. A ingratidão é uma característica humana e não canídeo.
- Eu sei. É apenas uma história de amor, amor a um cão, onde finalmente o amor filial do cão é correspondido e este ignora-o (inconscientemente).
- Afinal sempre era uma história de amor, bem me parecia.
terça-feira, abril 06, 2004
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