Rios de letras
Palavras numa fila indiana de uma prosa
Monotonia do saber!
Onde está o mar daquele olhar?
Saudoso verde, em sublinhado
- O desconhecido dos navegadores
Seguros nele existir o fim do mundo –
Por debaixo de cada frase.
Desejo de uma ignorância
Correr atrás do infinito que nele se encerra,
Impossível mar,
Sem letras
Sem sabedoria
Sem teorias
Apenas o olhar
Ignorante da letra inscrita no livro.
Velejar não na crista da palavra
Voar não na rima de uma quadra
Gritar não juntamente com a personagem de um romance,
Mas:
Com estas mão,
Sem significados,
Sentir a água desaparecer,
Conter a respiração pela eternidade de uma vida
Reter apenas alguns segundos de um azul intenso.
Oferecer os molhados cabelos
Na delicadeza de uma toalha
Seca a pele que vestiu
Lamber as salgadas feridas do prazer.
De olhos bem fechados,
Pensando na escuridão dentro dela,
Sem nenhuma palavra para ler.
segunda-feira, janeiro 17, 2005
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2 comentários:
Ai, o meu coração!
Não! Sério: gostei de ler, Onun.
;*)
é sempre bom que alguem goste.. para além do autor :)
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