De frente,
Enfrentando-o,
Com coragem e
Trémulas pernas.
Será realmente esta a direcção,
Do futuro?
Quem me disse que era por aqui?
Para aqui,
Neste sentido,
Com esta atitude,
Certeza.
( Seguro de não a possuir!)
Seguro de um futuro,
Incerto,
Sem perspectivas.
Passei a infância,
Perdi a inocência
E não só,
Com ela também a esperança de um futuro,
De uma certeza,
Rumo,
Perspectiva,
- risonha – e
Expectativas.
Cresci e tudo à minha volta,
Ruiu,
Do pedestal em que o tinha posto,
Pés de barro,
Rudimentar, arcaico e naive.
Nada restou,
Nada se concretizou,
Sonhos esfumaram-se,
Entre lufadas de tabaco e copos de vinho.
Pessoas transformaram-se em estranhos,
Tal como eu.
Sem perspectivas e futuro,
O que alimenta agora os sonhos?
Quem alegra a alma?
Quem é que está no leme?
Quem é que desencaminha o vazio, e
Torna-o em sonhos?
Em criança queria algo,
Tinha objectivos, certezas,
Ignorância,
Hoje quero voltar a sê-lo,
Criança,
Redescobrir os meus sonhos,
E esperanças de existir um futuro,
Para além daqueles em que já habito.
sexta-feira, janeiro 27, 2006
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