Berram os auscultadores nos ouvidos,
Sons desconexos,
Eleva ruído com um só botão,
- com um propósito –
Descansa os olhos nas ruas.
Melodia igual aos da cidade,
É indiferente ter os ouvidos tapados,
Distante dos objectos,
Ausente da realidade,
Conscientemente,
Firme na inutilidade,
Questão de impossibilidades.
Preso a ele,
Semelhante a um apêndice,
Busca em forma de desejo,
E fim.
Vida como um caminho,
Bifurcado a cada instante.
Escolha como forma de vivência,
Só um caminho,
- vêem alguns –
Sentido único.
Outros observam as possibilidades,
Perdidos com a abundância,
Desejando a cegueira
- de outros!
Criam raízes,
Tal como as tabuleta de sinalização perdidas nas estradas esquecidas,
Aguardando acto não interior,
Livres do pesar da sua própria consciência,
Transposto para mãos de outrem.
Escolhe o ruído,
Feito música,
Sorri com a escolha,
E sua ficção.
Carros passam,
Pessoas buzinam,
Atropelam carros distraídos,
Antes, animais passeiam os seus donos,
Depois deixam-nos abandonados em centros comerciais.
Fecha o livro
- e os olhos –
Aumenta uma vez mais o ruído,
Auscultadores berram ainda mais aos ouvidos,
E ao mundo!
terça-feira, fevereiro 14, 2006
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3 comentários:
Onde anda?!
;*
voltei a coimbra...e aguardo o resultado od concurso de ingresso ao internato complementar....
e tu?
já srº enfermeira?
Tive in Coimbra há 2 semanas!
Inda falta, inda falta... 4,5 meses!
*
Mas, põe-se-me uma dúvida existencial... ;P
Vê mail, Onun!
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