Não é no ponto que reside o problema,
É na ênfase.
Quem o faz,
Sofre as consequências,
De que outros não vêem
E deveriam tê-las.
Porque não sou,
Como aquele que não vê,
Nem quer ver,
E seguramente crê que não é para ele ver,
E pensa-se superior aos outros,
Indiferente, igual à de um psicopata,
Desde que não seja sobre ele.
Serei eu a razão dessa estupidez,
Por ver e sentir,
E o outro ignorar?
Porque não me torno
Igual a eles,
Indiferente ao sofrimento,
Alheio,
Tal como do pássaro,
Do vizinho,
Esborrachado sob o peso da minha consciência?
Que mereci eu para ser seu vizinho,
Importar-me e
Desejar um vida aprazível,
A todos os olhares?
Serei eu que vejo mal o mundo
E sofro com o que os outros deveriam sentir remorsos
Há espera da sua redenção?
Se Jesus veio à terra,
Algum motivo o deve ter chamado
À razão, de ser ele,
Apenas,
Aquele que redimiria pelos outros,
Aqueles que o apregoam,
Mas nunca seriam igual a ele,
Um mártir sem causa,
Com razão, mas que apenas os seus olhos conheceram,
Estranho aos outros,
Que salvou.
Será que herdei,
A estupidez desse mártir
E ainda acredito na bondade,
De estranhos,
Mesmo quando são eles que beneficiam,
Na sua ignorância insensível aos seus actos,
Com a não consequente responsabilidade?
Não será ele,
Como eu,
Quem vê o mundo,
Pelo olhar errado
E sofre pelo que os outros deveriam sentir remorsos,
Pelos seus actos praticados?
Pecar é ser como ele,
Ter pena de quem não sente
Ou sofre,
E é alheio à dor dos outros.
segunda-feira, outubro 11, 2004
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