sábado, dezembro 25, 2004

...

São como uma janela
Disse,
Esses grandes olhos,
Expressivos.

Contam uma história,
A que vives nesse presente,
E quando,
Nada há
- para contar –
Esverdeados se tornam,
Cada vez mais,
Fogem,
Para bem longe,
Lá em cima,
Por cima das nuvens,
Separado do corpo,
Atrás dos pensamentos – voos
E reparas, que
Olhas para os telhados
Em vez das pessoas,
Nos passeios,
Ou
As casas,
Ou
As montras,
Ou
As janelas
- que os teus olhos são -.

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